É uma área de conhecimento específica, capaz de englobar todos os elementos relacionados com a industrialização de alimentos, e que pode, através do profissional com esta formação, potencializar o desenvolvimento deste ramo em todos os níveis; seja na formação de profissionais, no subsídio à elaboração de políticas, nos projetos de pesquisa, na atuação dentro das empresas do setor, como na colaboração à preservação da saúde pública (normatização técnica, orientação e fiscalização).
Atualmente, a profissão de Engenheiro de Alimentos está muito difundida, principalmente nos países mais industrializados, onde desempenha cada vez mais atividades relacionadas com excelência. Há que se ressaltar ainda que, no caso desses países, existem muitas oportunidades de intercâmbio com o Brasil, possibilitando o contato com tecnologias de ponta, para posterior adaptação e aplicação às nossas condições.
A Engenharia de Alimentos é uma profissão de caráter multidisciplinar. Abrange diversas áreas do conhecimento humano, mas especialmente duas:
Ciências Exatas (Engenharia) - Calculo, Físico-Química, Mecânica e Operações Unitárias.
Ciêcias Biológicas (Alimentos) - Bioquímica, Microbiologia, Nutrição e Matérias Primas.
Esse caráter multidisciplinar da profissão é conseqüência do tipo de informações necessárias para o domínio da tecnologia de processamento dos alimentos. Hoje é comum nos depararmos com sopa de pacotinho, suco desidratado, congelados que vão do freezer ao microondas. É graças ao engenheiro de alimentos que temos todas essas facilidades da culinária moderna, muitas vezes acrescidas de nutrientes e vitaminas que de outra forma não estariam presentes na receita.
Para se ter noção do quanto o trabalho desse profissional mudou nosso dia-a-dia, basta dar uma olhada nas prateleiras dos supermercados. São dezenas de quitutes, nas mais diferentes embalagens, das tradicionais latas a pacotes que podem ir direto ao forno.
O engenheiro de alimentos é o responsável pela criação desse cardápio high tech, sugerindo em seguida como devem ser as etapas de produção: tipo e volume de ingredientes, processamento, embalagem apropriada e conservação.
Pelo seu conhecimento nos processos tecnológicos e equipamentos envolvidos na produção e industrialização de alimentos, o Engenheiro de Alimentos pela sua formação lhe é permitido criar um melhor aproveitamento dos recursos humanos disponíveis e também atuar no sentido de utilizar o melhor processo para a transformação da matéria-prima em produto (alimento)industrializado.
Ele atua desde a recepção da matéria-prima até o produto acabado. Estas atividades são fundamentadas nas formações específicas que os Engenheiros de Alimentos possuem em microbiologia, bioquímica, química, tecnologia, engenharia de alimentos e estatística.
Este preparo profissional, lhe permite desenvolver, planejar e montar laboratórios de controle de qualidade, bem como organizar e treinar equipes para essas atividades. Esta formação do Engenheiro de Alimentos dispensa a improvisação do setor.
O Engenheiro de Alimentos é essencial na definição dos processos, equipamentos e instalações industriais, bem como no estudo da viabilidade econômico-financeira do projeto.
Atua na solução de problemas administrativos e/ou técnicos da indústria alimentícia, pois a manutenção das atividades da indústria dentro de um orçamento preestabelecido é uma de suas funções.
Devido aos conhecimentos básicos em tudo que diz respeito a alimentos, aditivos e equipamentos, esse profissional tem sido bastante requisitado neste setor, tanto no âmbito nacional como no comércio exterior.
A partir de estudos da necessidade de determinado produto no mercado, o Engenheiro de Alimentos pesquisa e desenvolve novos produtos alimentícios.
Ele utiliza seus conhecimentos em matérias–primas, processos e equipamentos, fornecendo os subsídios necessários para o lançamento de um novo produto, e propondo argumentos de vendas e bases para cálculos de custos.
Uma das técnicas que utiliza é a da Análise Sensorial dos alimentos onde se estuda a aceitabilidade de determinado produto.
Destaca-se a participação do Engenheiro de Alimentos nos projetos de adaptação e nacionalização de componentes no setor de equipamentos. Essa atuação tem permitido um melhor desenvolvimento dos equipamentos utilizados nas indústrias de alimentos.
Destaca-se pela sua atuação na aplicação dos padrões específicos dos alimentos e bebidas, de acordo com identificação, rotulagem, processamento e conservação adequadas, como também a boa conservação dos equipamentos.
Uma das áreas técnicas em que a indústria de alimentos, principalmente a pequena e média empresa, mais se ressente é a falta de programas de manutenção preventiva. De uma boa manutenção dos equipamentos depende a qualidade do produto e a programação industrial.
Grande atuação na área de armazenagem, utilizando as técnicas adequadas para evitar perdas e manter a qualidade do produto na industrialização até à mesa do consumidor.
Atua dando assistência às indústrias de alimentos, a fim de solucionar problemas que possam vir a surgir.